Lula não mexeu na estrutura da equipe montada por Dimas Filgueiras e o time mostrou os mesmos defeitos das partidas anteriores, como o grande buraco deixado pelos avanços de Apodi do lado direito, a dificuldade de Heleno, improvisado na zaga central em acompanhar os atacantes e os muitos erros de passes no meio de campo.
Logo no início da partida, muito mais pela fragilidade do adversário, ficou claro que a vitória alvinegra seria questão de tempo. Felipe Azevedo perdeu pênalti sofrido por Everton, mas se redimiu e abriu o placar. Nas poucas vezes em que Rogerinho aparecia bem o time criava, em uma dessas jogas surgiu mais um pênalti a favor do alvinegro. Azevedo desperdiçou mais uma vez, Carlos Luna - goleiro do Icasa e melhor jogador em campo - defendeu. O time de Juazeiro ainda teve o volante Deivis expulso, facilitando ainda mais a vida do vovô.
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| F. Azevedo teve uma noite curiosa, fez um gol, porém desperdiçou 2 pênaltis |
Lula perdeu João Marcos contundido e Bruno entrou em seu lugar. O volante cria da base do Fluminense mostrou poder ser uma boa opção, arriscou lançamentos e chutes de longe, mostrando personalidade. Mesmo longe de fazer uma partida brilhante e "torto para direita" o Ceará criava chances principalmente com Apodi e Rogerinho. Carlos Luna, por sua vez, seguia fazendo grandes defesas. O segundo gol de Leandro Chaves, após boa jogada pela direita definiu o placar da partida.
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| Carlos Luna evitou um goleada histórica |
Em resumo pouco pode se dizer deste jogo em relação o Ceará. A fragilidade do Icasa não permite uma grande avaliação. De negativo os muitos passes errados e a falta de cobertura aos avanços de Apodi, caso o adversário fosse um pouco melhor poderia ter complicado. De positivo, além dos três pontos fica as atuações de Everton, que começou nervoso errando passes mas depois se encontrou e Bruno, este muito mais pela personalidade.
ALÉM DO JOGO
- Ceará volta a ser segundo na tabela com 23 pontos
- João Marcos sentiu um estiramento na coxa direita. Deve desfalcar a equipe por um bom tempo.
- Carlos Luna, goleiro do Icasa, defendeu um pênalti cobrado por Felipe Azevedo e ainda fez mais 4 grandes defesas, foi o nome do jogo.
-O Icasa fez um único chute a gol na partida já aos 34 minutos do segundo tempo.
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Caio Costa
Amigo Caio,
ResponderExcluirBom dia!
Desta feita discordo quanto a duas premissas.
A primeira delas de que Lula não mexeu na estrutura da equipe de Dimas. A segunda, de que Dimas tinha uma equipe e com estrutura tática montada.
Dimas tinha um conjunto de individualidades que resolvia os jogos para ele. E ele tanto apostava nisso que até improvisava.
Lula, que é mais ensimesmado que Dimas, tinha que, de cara, imprimir seu DNA na equipe. Para ele, isso era e é ponto de 'honra'. Vejamos. O 4-3-3 de Dimas virou o 4-4-2 de Lula. A plataforma tática do Lula pode ser desmembrada num 4-2-2-2, com:
a) 2 volantes, Everton e João Marcos, e 2 meias, Leandro Chaves e Rogerinho;
b) 1 lateral mais postado, o Paulo Sérgio improvisado, e outro mais adiantado, o Apodi;
c) maior movimentação dos meias, que algumas vezes batiam cabeça;
d) 1 atacante mais enfiado, Romário, outro flutuando pelos lados do campo preferencialmente pela direita, Felipe Azevedo.
A dinâmica lulista não vingou, pois a equipe correu demais e produziu pouco, no 1º tempo. Tanto que na 2ª etapa a turma fez a bola correr mais e os jogadores correram menos. Ou seja: em vez de mais força, mais jeito. Funcionou um pouco melhor.
No entanto, apesar de todo o esforço do Lula, operacionalmente o time não foi diferente do de Dimas. Pelo menos por enquanto.
Moral da história. Lula ainda está por descobrir um modelo tático (e suas dinâmicas intrínsecas) para montar uma equipe que também jogue por... "reflexo".
Abraço.