quarta-feira, 4 de julho de 2012

Corinthians campeão - Mais do que justo


Caio Costa (@caioccosta)

O que falar de um time que eliminou em sequência o Campeão da Copa do Brasil, o até então atual vencedor da Libertadores e o maior fantasma dos brasileiros em competições internacionais?

O que falar de um time que sofreu apenas 4 gols em 14 jogos. Somente 1 dentre de casa? E que termina a disputa invicto?

O que falar de um time que teve o equilíbrio de saber mudar quando necessário, vide a entrada de Cássio no lugar de Júlio César?

Sabe o que se deve falar? Parabéns Campeões!

E na final, com Danilo, mesmo discreto sendo fundamental no primeiro gol, Paulinho jogando como sempre – ou seja, muita bola e Emerson decidindo, não tinha como dá outra coisa no Pacaembu. 2 a 0 e uma torcida com a alma lavada. 2012, o ano da Libertação corintiana.

E o que falar de Tite? O técnico que fez o futebol de Paulinho, um volante esforçado nos tempos de Bragantino, se tornar o melhor meiocampista brasileiro em atividade no país. Que acreditou em Romarinho que um mês antes jogava contra o CRB pela Série B.

Que conseguiu fazer com que Alessandro e Fábio Santos jogassem a bola que nunca havia mostrado até então em suas carreiras.

Tite, besta depois do Tolima, agora bestial. Talvez seja exagêro mas muito dessa conquista passa pelas mãos de Adenor Bachi.  

Finalizando, Emerson Sheik. Jogador complicado, cheio de marra, mas como diria João Saldanha "não é para casar com a minha filha mesmo" foi o CARA da decisão. 2 gols que o colocam na história corintiana como o Basílio do Século XXI. Frio na hora de fazer gols e de provocar os argentinos, o fluminense de Nova Iguaçu, que provou não ter medo de ninguém e hoje, é o maior louco do bando.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Libertadores: Título será histórico, independente do campeão


Caio Costa (@caioccosta)

Corinthians e Boca Juniors vão fazer o segundo jogo da decisão da Copa Libertadores deste. No primeiro combate, em La Bombonera, brilharam as estrelas de Romarinho e do travessão corintiano, que no último lance impediu o gol de Lucas Viatri. Desta forma, tudo igual para o jogo do Pacaembu.

Seja Riquelme ou Danilo o capitão que vai erguer a Taça na madrugada de quarta para quinta, a Libertadores 2012 já entrou para a história.

Caso o Corinthians seja campeão, o “bando de loucos” vai viver emoção parecida ao estadual de 77, quando o Basílio, o Pé de Anjo, tirou o Timão da fila, acabando com o jejum de 23 anos sem títulos. Único grande paulista sem ganhar a competição, vencer a Libertadores seria como exorcizar um fantasma que tanto incomoda a fiel.

E nunca esteve tão próximo do Corinthians esse título. Bem armado, consistente e iluminado, parece até que já está escrito que 2012 é o ano da libertação corintiana. Quando não deu na técnica, foi na raça. Quando a raça não foi suficiente, a sorte - historicamente inimiga do Timão em Libertdores - esteve do seu lado

O liminado Romarinho marca na Bombonera


Além disso, vendo Cássio na meta corintiana, fica pergunta:  “Quem diria que a melhor coisa que aconteceu com o Corinthians este ano, foi o Júlio César falhar feio e o time ser desclassificado no Paulistão?”

Mas do outro lado está o Boca. De, como falam por aí, uma camisa tão pesada, que se for colocada no varal, entorta o arame. Se a Libertadores for para Buenos Aires pela sétima vez que ela ficará no museu da Bombonera. Igulando a marca do Independiente.

Riquelme, mesmo longe auge, ainda pode decidir


Lembro que quando comecei a entender um pouco desse troço chamado futebol, achava que a marca do time vermelho de Avellaneda era imbatível. 7 títulos. Poisé, o tempo passou, desde 1984 o Independiente não ganha a competição, que de tão  identificada com o time dá nome ao seu estádio.  Se Schumacher coneguiu bater os cinco títulos de Fanggio na Formula 1, outra façanha esportiva dada como impossível, porque o Boca não pode igualar a marca do outrora" Rei de Copas"?

E lembrem-se, o Boca, desde 2000, já levou 4.  Três delas, aqui no Brasil. E Riquelme estava em 3. Mesmo velho e lento, Roman é gênio. E gênio só precisa de uma bola para mudar tudo. Foi assim contra o Fluminense.

É por isso tudo, que a Copa Libertadores da América de 2012 terá um campeão que será lembrado para sempre. Seja a do “molqueiro sofredor”  ou “los xeneises” uma nação vai vibrar como se não houvesse dia seguinte. E será merecido.

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Fla Flu - Quem venham mais 100, 200 anos


Por Roberto Mariano*

Ah! Fla x Flu!!! Quem não se lembra do primeiro jogo destes 100 anos??? Era começo do século passado aonde o futebol ainda gatinhava e não era ainda uma paixão nacional. Havia poucos clubes e torneiros. Via-se o futebol como certa rejeição e desconfiança. Porém, é neste período que surgiria “o clássico mais charmoso do Brasil”, que como já disse Nelson Rodrigues, Jornalista, dramaturgo, poeta e Tricolor, “o Fla x Flu nasceu há 45 minutos antes do nada”.

O que era para ser um simples jogo, tornou-se uma prova de superação e de orgulho para o Fluminense e comprovação de superioridade para os jogadores que decidiram sair das Laranjeiras para fundar outro time na pratica da bola de couro, o Flamengo, e que foram campeões, no ano anterior, pelo ex-clube. Aos que participaram desta partida, não poderiam nem imaginar o que isso significaria para o futebol brasileiro, e porque não dizer, mundial. Acabava de nascer uma rivalidade entre dois clubes que não foi imposta pela mídia esportiva.

Júnior marcou na final do carioca de 91. Fla 4x2 Flu


Hoje se completa 100 anos, mas com o mesmo espírito do dia 07 de julho de 1912. Pergunte a um Tricolor ou a um Rubro-Negro o que é vencer este clássico, e eles lhe responderam, com os olhos brilhando, “a glória”. Nenhum Tricolor admite perder para o Rubro-Negro e vice versa. Uma rivalidade que transportou para outras práticas esportivas. Não se permite perder nem no par ou impar para o seu adversário. Superação, orgulho, superioridade, rivalidade, mística e garra, tudo compõe este confronto. 

Assis marca e dá o titulo estadual de 84 ao Flu


Você questionará: é só mais uma partida de futebol. Não!!! Eu vos digo que estás extremamente enganado com sua estupidez futebolística, pois é muito mais do que isso, é um Fla x Flu. É diferente de outros jogos. Quando os jogadores com listras horizontais, vermelha e preta, enfrentam os de listras verticais, verde, branco e grená, há um duelo que carrega a mística centenária. Naquele espaço retangular não se pensa em empate, pois obter uma vitória em cima do seu rival é poder gritar aos quatro cantos do mundo que “sou melhor que você”.

No estado do Rio de Janeiro ou em qualquer parte do planeta, onde houver um Tricolor ou um Rubro-Negro e uma televisão ou um radinho, para-se tudo que estejas fazendo durante o jogo, porque a história deste clássico é diretamente proporcional a paixão destes torcedores por seus clubes. Creio eu, que não exista clube nenhum que reverencia o adversário em seu hino. Marcha Fla-Flu de 1940 (Haroldo Lobo e David Nasser). Companhia de dança O Corpo, na coreografia Ongotô, tem uma música composta por Caetano Veloso e José Wisnik chamada Fla-Flu. Cantado por Chico Buarque em “Ilmo Sr. Ciro Monteiro”. Descritos em artigos memoráveis de Nelson Rodrigues e outros renomados jornalistas.

Zico faz de falta em 86, o 10 da Gávea fez 3 na goleada por 4 a 1


Quem nunca admirou o Maracanã lotado com aquelas 5 cores? Quem nunca comentou sobre “aquele Fla x Flu”? Quem nunca, mesmo sendo de outros clubes, não se deliciou com uma partida entre Fla x Flu, pois não se sabe quem vencerá até o apito final do juiz? Quem nunca sonhou em jogar um Fla x Flu?

Renato Gaúcho após o histórico gol de barriga em 1995



Portanto meus amigos, isso é Fla x Flu. E quando os 11 de cada lado estiverem se duelando em campo, nestes 8 de julho de 2012, não estarão sozinhos, pois os que durante anos vestiram estas camisas, os vivos e os mortos, estarão nas arquibancadas, em casa ou em qualquer lugar e situação, tentando levar seu clube para mais uma vitória em cima do seu rival.

Salve, salve, Fla x Flu!!! E quem sabe, veremos daqui a 100 anos, mais um amante do futebol escrevendo algo sobre este clássico. Ah! Fla x Flu!!! Quem não se lembra do primeiro jogo destes 200 anos?...

*Roberto Mariano é administrador de empresas, mas antes de tudo torcedor do Fluminense, apaixonado por futebol e é claro, pelo Fla-Flu

Apodi ou Paulo Sérgio? Eis a questão


Caio Costa (@caioccosta)

Depois de cumprir suspensão contra o Ipatinga por ter recebido o terceiro cartão amarelo e ver o seu reserva, Paulo Sérgio, fazer excelente partida, Apodi dever voltar ao time titular do Ceará para o jogo contra o Criciúma.

Titular desde que chegou ao Ceará, Apodi, caiu nas graças da torcida pela disposição e vitalidade, mas sempre foi questionado em relação à parte técnica. Deve ficar como titular contra o líder da Série B, por ser uma válvula de escape da equipe e pelo fato de PC Gusmão estar evitando ao máximo mexer no time (no que tem total razão)

É verdade que Paulo Sérgio fez uma grande partida contra o Ipatinga mas é preciso lembrar algumas coisas. Foi a melhor exibição dele desde que chegou ao Ceará. Nesta Série B mesmo, contra o Guarani, o lateral fez uma exibição pífia – em defesa dele, o time todo foi medíocre – Nem no combalido estadual, Paulo Sérgio convenceu, tanto que Apodi chegou e logo virou titular.

Apesar dos defeitos, ainda ficaria com Apodi. Com três volantes, dependendo da marcação adversária, o Ceará muitas vezes não terá espaço pelo meio. E jogadas de velocidade pelos lados são fundamentais. E Paulo Sérgio, convenhamos, não vai fazer isso.

Paulo Sérgio fez contra o Ipatinga sua melhor partida pelo Ceará


Mas a segurança na defesa e – pela primeira vez desde que passou a vestir a camisa alvinegra – a eficiência nas poucas subidas ao ataque contra o Ipatinga, fizeram de Paulo Sérgio uma sombra para Apodi, algo que ele não era. E isso, usado de forma inteligente pode contribuir muito para o crescimento de ambos e da equipe na competição.

É bom lembrar que em 2009, principalmente no segundo turno, PC Gusmão muitas vezes, de acordo com o adversário, tirava Boiadeiro, titular durante todo o ano,  para colocar Arlindo Maracanã. Até mesmo, no jogo do acesso, contra Ponte Preta, foi Arlindo que começou jogando. Não duvido que a receita se repita este ano, uma vez que os jogadores possuem características tão diferentes.