segunda-feira, 11 de junho de 2012

Schevchenko e a apoteose de um ídolo


Caio Costa (@caioccosta)

Andriy Schevchenko fez os dois gols da virada de sua Ucrânia contra a Suécia na estreia da Eurocopa que seu país sedia em conjunto com a Polônia. Só isso já merecia o devido destaque. Mas o que aconteceu hoje em Kiev significa muito mais. Foi de certa forma, a despedida dos sonhos de um dos maiores atacantes europeus da última década.

Schevchenko apareceu para o mundo na Champions League da temporada 1998/99 em que o seu Dínamo de Kiev assombrou a todos com grande futebol e eliminando favoritos como Arsenal e Real Madrid. Junto com o seu escudeiro Serguey Rebrov, o time ucraniano só foi parado pelo Bayern de Munique já na semifinal.

Contratado pelo Milan construiu uma história sensacional pelo rossonero. Gols em profusão mesmo com poucos títulos.  No rubro-negro de Milão foi apenas um scudetto, em 2003/04 uma Champions League 2002/2003 e uma Copa Itália 2002/03. Foi artilheiro da série A em duas temporadas (1999/2000 e 2003/04)

No Dínamo de 1999 que assumbrou a Europa


Mas se as taças não foram tantas o atacante virou ídolo com gols. Muitos gols. E com seu estilo de técnica aliada a colocação na grande área e raça, Scheva escreveu seu nome entre os grandes. Na temporada 2003/04 ao lado de um jovem Kaká e um Rui Costa no auge formou uma equipe fantástica, que ainda tinha Pippo Inzaghi como opção no banco.

No auge pelo Milan


Ainda teve tempo, juntamente com o velho escudeiro de Dínamo, Rebrov, de levar a Ucrânia até as quartas-de-final da Copa de 2006.
Depois do mundial, a pedido de sua mulher se transferiu para o Chelsea. Na Inglaterra nem longe lembrou seus melhores momentos. Eles tinham ficado na velha bota.

Depois do fracasso inglês e de um breve retorno, sem sucesso, no Milan, Schevchenko voltou para o seu Dínamo de Kiev. Que na atualidade é praticamente um coadjuvante do “novo rico” do leste europeu, o Shakthar Donetsk. E afirmou que só continuou jogando porque seria uma sonho disputar a Euro em casa.

O sonho virou realidade. E melhor do que a encomenda. Durante 45 minutos, Schevchenko, aos 35 anos voltou a ser aquele atacante inspirado dos primeiros tempos de Dínamo e do reinando em Milão. Fez 2 gols de puro oportunismo, faro de gol e de movimentação. Coisa de quem é fora de série.

A Ucrânia pode ser eliminada na primeira fase. Mas pouco importa, o craque teve a despedida que ele sonhava e merecia.  

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